Autor: Fonseca, Thiago do Nascimento
Resumen o primeras líneas
Não são raros argumentos favoráveis à independência de instituições de combate à corrupção. Este artigo investiga se, mesmo com garantias de independência institucional,cortes de contas exercem controle desigual para proteger seus interesses corporativos contra possíveis ameaças de atores políticos com capacidade de diminuir seu poder institucional.
Por meio de auditorias empreendidas pelo tribunal de contas federal brasileiro sobre municípios entre 2001e 2018, os resultado indicam que, independentemente da origem política ou técnicas de seus diretores, o tribunal prioriza fiscalizar municípios governados por partidos da coalizão federal, mas antes das eleições evita julgaras contas destes municípios para não impor custos eleitorais, evitando conflitos com o governo. O diagnóstico sugere que atribuir garantias de independência às agências de combate à corrupção não garante sua atuação imparcial, mas incentiva outro padrão de controle desigual.