A cátedra de Problemática da Filosofia Latino-Americana, o grupo de Pensamento Crítico Latino-Americano do curso de Filosofia da UNILA, RASANBLEMAN (Coletivo de Estudos Culturais Haitiano) da Universidade Federal de Integração Latino-Americana, junto a outros cursos do ILAESP, Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política, informam a organização do seu “1° Congresso Internacional de estudos de Atualização continental sobre a República do Haití” que será realizado no Jardim Universitário UNILA, na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil, nos dias 15, 16 e 17 de agosto de 2018. Os Estudos Haitianos merecem atenção especial em esta atual conjuntura, dada essa nova investida de forças conservadoras, a Revolução Haitiana serve de ilustração a todos os povos colonizados do Terceiro Mundo. Impulsionados pelo espírito de liberdade e necessidade, os africanos escravizados da Ilha de Saint Domingue, se rebelaram contra as maiores potências europeias imperiais de então, buscaram se auto-organizar nas montanhas de Bahoruco e assim ressurgir espiritualmente, em termos econômicos, políticos eculturais. O trabalho vivo negro dançante que desembocará na Revolução Haitiana tem aí sua germinação. “Viver Livre ou Morrer” era o lema da Revolução. Teremos que investigar as diferentes dimensões da cultura haitiana e sua ligação com outras regiões e movimento socias da América, bem como com suas raízes na África. A arremetida neoliberal nos últimos anos intenta frear qualquer projeto de integração, autonomia e soberania na América Latina, impulsionando o desmonte das iniciativas econômicas, políticas e culturais projetadas à libertação dos povos por meio de golpes de Estados justificados pelo discurso jurídico e por outras estratégias teóricas e práticas de desestabilização. Tal arremetida necessariamente busca fechar as portas às possibilidades criativas do pensamento e da cultura latino-americana. Nesse contexto, a República do Haiti foi especialmente atacada por instrumentos imperiais-neocoloniais internos, como a Minustah e, mais recentemente o Minusjusth. Esso compromete evidentemente o projeto de integração haitiano alicerçado na libertação dos povos, das classes e dos grupos historicamente oprimidos. O Congresso está aberto a professores e estudantes universitários, pesquisadores, ativistas, militantes de movimentos sociais e coletivos.
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“1° Congresso Internacional de estudos de Actualização continentais sobre a República do Haití”.