APRESENTAÇÃO
A ordem liberal que Estados, instituições e organizações internacionais criaram após o fim da primeira guerra continua a existir até hoje. Entretanto, a fragilidade das relações interestatais, juntamente aos desafios econômicos e sociais do sistema capitalista, mostra um modelo em crise, seja de autoridade ou de legitimidade. Vários aspectos suportam essa ideia: a mobilidade internacional, delegada parcialmente a instituições internacionais, é reclamada novamente pelos Estados sob ideais de soberania e identidade nacional, que também constituem um percalço à disseminação da democracia liberal, fundamental como justificativa e para a construção dessa ordem. As crescentes frustrações das populações ocidentais e conflitos entre as classes baixa e média em relação ao aumento da desigualdade e desemprego, alimentadas pela hiperglobalização, são expressas através de movimentos em direção ao protecionismo. Esse cenário resulta em um desafio interno à ordem liberal, constituído pela ascensão de movimentos antiliberais, nacionalistas, protecionistas e populistas, exemplificados no Brexit, na ascensão do populismo de direita na Europa e na sua chegada ao poder com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e do ganho de cadeiras expressivo na Europa. Em face deste contexto, este dossiê tem como objetivo fomentar a discussão a respeito da crise da ordem liberal internacional tanto do ponto de vista temático, através da discussão de movimentos contrários ou limitantes aos direitos humanos, direitos trabalhistas, meio-ambiente e acordos comerciais, quanto das relações bilaterais e multilaterais. Encorajamos trabalhos pensados em diferentes níveis e perspectivas teóricas e metodológicas das relações internacionais. Coordenadores: Flávio Contrera (IPPRI/UNESP) e Matheus Lucas Hebling (UNICAMP) Os artigos devem ser enviados até 15 de junho de 2020 para agendapoliticaufscar@gmail.com Template disponível em:https://drive.google.com/open?id=1SeTubukxnj8rPyvK8EJm6JQF1ArgLo3v International Relations in the crisis of the liberal order The dossier coordinated by Flávio Contrera (IPPRI / UNESP) and Matheus Lucas Hebling (UNICAMP) aims to discuss the crisis of the international liberal order from two thematics, through the discussion of movements contrary to or limiting human rights, labor rights, environment, and trade agreements, as well as bilateral and multilateral relations.The liberal order that states, institutions and international organizations created after the end of the first world war still exists. However, the vulnerability of interstate relations, alongside the economic and social challenges of the capitalist system, shows a model in a crisis of authority and legitimacy. Several aspects support this idea: international mobility, partly delegated to international institutions, is demanded again by states under ideals of sovereignty and national identity, which is also an obstacle to the spread of liberal democracy, important as a justification for the construction of that order. The growing frustrations of western populations and conflicts between the lower and middle classes concerning the increase in inequality and unemployment, encouraged by hyper globalization, are expressed through movements towards protectionism. This scenario results in an internal challenge to the liberal order represented by the rise of anti-liberal, nationalist, protectionist and populist movements presented in Brexit, the rise of right-wing populism in Europe, the election of Donald Trump in the States United States and the expressive gain of seats in Europe. We encourage papers on discussion from different levels of theoretical and methodological perspectives of international relations. Deadline: June 15, 2020 Send to: agendapoliticaufscar@gmail.com Relaciones internacionales en la crisis del orden liberal El orden liberal que los estados, las instituciones y las organizaciones internacionales crearon después del final de la primera guerra continúa existiendo hoy. Sin embargo, la fragilidad de las relaciones interestatales, junto con los desafíos económicos y sociales del sistema capitalista, muestra un modelo en crisis, ya sea de autoridad o de legitimidad. Varios aspectos apoyan esta idea: la movilidad internacional, parcialmente delegada a las instituciones internacionales, es exigida nuevamente por los Estados bajo ideales de soberanía e identidad nacional, que también constituyen un obstáculo para la difusión de la democracia liberal, fundamental como justificación y para la construcción de ese orden. Las crecientes frustraciones de las poblaciones occidentales y los conflictos entre las clases bajas y medias en relación con el aumento de la desigualdad y el desempleo, alimentados por la hiperglobalización, se expresan a través de movimientos hacia el proteccionismo. Este escenario resulta en un desafío interno al orden liberal, constituido por el surgimiento de movimientos antiliberales, nacionalistas, proteccionistas y populistas, ejemplificados en Brexit, en el surgimiento del populismo de derecha en Europa y su ascenso al poder con la elección de Donald Trump en los Estados Unidos y la conquista expresiva de escaños en Europa. En vista de este contexto, este dossier tiene como objetivo fomentar la discusión sobre la crisis del orden liberal internacional, tanto desde un punto de vista temático, a través de la discusión de movimientos contrarios o que limitan los derechos humanos, los derechos laborales, el medio ambiente y los acuerdos comerciales, relaciones bilaterales y multilaterales. Animamos obras pensadas en diferentes niveles y perspectivas teóricas y metodológicas de las relaciones internacionales. Los artículos deben enviarse hasta el 15 de junio de 2020 mediante correo electrónico a agendapoliticaufscar@gmail.com. |
ISSN: 2318-8499
Indexada: Latindex, Sumarios.org, Directory of Research Journals Indexing – DRJI, Portal de Periódicos da UFSCar.
Sobre a Revista:
A Revista Agenda Política (ISSN 2318-8499), criada em 2012, é um periódico editado pelos discentes do PPGPol UFSCar, com periodicidade quadrimestral desde 2016. A revista aceita artigos para compor três de suas seções: 1) Dossiê Temático, 2) Agenda da Ciência Política no Brasil e 3) Temas Livres. A revista tem por objetivo publicar artigos relevantes para a área da Ciência Política e disciplinas afins, que sejam inéditos, de pesquisadores oriundos de diversas instituições, nacionais e internacionais, reconhecidos e em formação – sendo mestrando a titulação mínima para publicação enquanto autor principal. Os artigos submetidos à Agenda Política serão avaliados segundo a sua relevância para a área, atualidade temática, clareza e consistência teórico- metodológica.
A Revista Agenda Política aceita artigos em português, espanhol e inglês e não cobra nenhum tipo de taxa para submissão, processamento e publicação dos artigos.