v. 8, n. 1 (2020)
Direitas na América Latina hoje
O fortalecimento de movimentos, partidos políticos e governos pertencentes ao amplo campo da direita nos últimos anos em vários dos países da América Latina foi acompanhado pela proliferação – ainda insuficiente – de estudos dedicados a entender o fenômeno em curso. Embora atores e ideias de direita nunca tenham estado ausentes do debate público latino-americano, pesquisas recentes têm chamado atenção para as novas configurações do campo (diferenciado-se das chamadas “velhas direitas”) e para a grande diversidade ideológica e de atuação existente entre seus atores, abarcando desde correntes moderadas até grupos de extrema direita e neofascistas. Neste dossiê, colocamos em diálogo pesquisas sobre as diversas formas de manifestação desses movimentos, grupos políticos e intelectuais das novas direitas, com destaque paro o Brasil e outros países da América Latina, abrangendo diferentes perspectivas teóricas e metodológicas sobre o tema.
Sumário
Apresentação da Edição
Apresentação do Dossiê
| Direitas na América Latina hoje | |
| Renato Ferreira Ribeiro, Marcelo Fontenelle e Silva | 5-9 |
Dossiê
| A direita nas eleições presidenciais brasileiras de 2018: prioridades temáticas e variações ideológicas | |
| Paulo Cesar Gregorio, Flávio Contrera | 10-49 |
| A mobilização de questões de gênero e sexualidade e o fortalecimento da direita no Brasil | |
| Rayani Mariano dos Santos | 50-77 |
| Dimensão e Determinantes do Pensamento Ideológico entre os Brasileiros | |
| Pedro Henrique Marques | 78-105 |
| O percurso histórico da “ideologia de gênero” na Câmara dos Deputados: uma renovação das direitas nas políticas sexuais | |
| Henrique Araujo Aragusuku | 106-130 |
| Populismo no Brasil de contrapositores: manipulação do autêntico e profanação do contrário | |
| Sandra Fischer, Aline Vaz | 131-156 |
Agenda da Ciência Política no Brasil
| A América Latina como outro: um discurso da direita brasileira | |
| Jorge Chaloub | 157-201 |
Temas Livres
| Partidarismos y personalismo como indicadores para comprender la crisis de representación en nuevas democracias: un aporte al caso de elecciones mexicanas 2018 | |
| Joscimar Souza Silva | 202-221 |
| Disputas discursivas na mídia: A cobertura dos jornais Folha de S. Paulo e Gazeta do Povo sobre gênero e diversidade sexual nos planos de educação | |
| Juliana Inez Luiz de Souza, Maria Cecília Eduardo | 222-254 |
| Contratos de gestão como instrumento de governança pública: um estudo exploratório | |
| Diego Pugliese Tonelotto, Jaime Crozatti, Patricia Righetto | 255-284 |
| A propriedade privada e a Maioria: Rastreando um conflito doutrinário nos precursores do pensamento liberal | |
| Pedro Borba | 285-312 |
| Subjetivação necropolítica e a materialidade do pós-estruturalismo | |
| Yuri Bataglia Espósito | 313-336 |
Entrevista
| Trajetória e atualidade das direitas na América Latina: entrevista com Ernesto Bohoslavsky | |
| Renato Ferreira Ribeiro |
Foco e Escopo
A Revista Agenda Política (ISSN 2318-8499), criada em 2012, é um periódico editado pelos discentes do PPGPol UFSCar, com periodicidade quadrimestral desde 2016. A revista aceita artigos para compor três de suas seções: 1) Dossiê Temático, 2) Agenda da Ciência Política no Brasil e 3) Temas Livres. A revista tem por objetivo publicar artigos relevantes para a área da Ciência Política e disciplinas afins, que sejam inéditos, de pesquisadores oriundos de diversas instituições, nacionais e internacionais, reconhecidos e em formação – sendo mestrando a titulação mínima para publicação enquanto autor principal. Os artigos submetidos à Agenda Política serão avaliados segundo a sua relevância para a área, atualidade temática, clareza e consistência teórico- metodológica.
A Revista Agenda Política aceita artigos em português, espanhol e inglês e não cobra nenhum tipo de taxa para submissão, processamento e publicação dos artigos.