Encontra-se on line a edição de abril do “Em Debate”, periódico eletrônico vinculado ao Grupo de Pesquisa “Opinião Pública, Marketing Política e Comportamento Eleitoral”. Nesta edição, é analisado o cenário internacional em 2013.
http://www.opiniaopublica.
Dossiê:O Cenário Internacional em 2013
Un vira-lata sin complejos. Brasil frente al siglo XXI
Vicente Palermo, Universidad de Buenos Aires
Las elecciones argentinas en perspectiva comparada
Isidoro Cheresky, Instituto Gino Germani
Retos y desafíos de la Venezuela post-Chávez
Héctor Gabriel Briceño, Universidad Central de Venezuela
O mundo árabe pós-2010: entre a primavera e o inverno
Dawisson Elvécio Belém Lopes e João Paulo Ferraz Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais
Opinião
O temor ao conflito no pensamento político brasileiro
Felipe Riccio Schiefler
Resenha
Comunicação política e comportamento eleitoral na América Latina
Aline Burni
O cenário internacional em 2013 Tendo em vista os vários acontecimentos que marcaram o mundo nos últimos três anos, a edição de abril do periódico Em Debate tem como objetivo empreender uma análise da conjuntura internacional e de seus acontecimentos mais marcantes, tais como a situação da Venezuela pós Chávez e os desdobramentos da Primavera Árabe. Neste cenário de transformações e crise, procura-se entrever os principais desafios que se apresentarão no âmbito das relações internacionais neste ano de 2013.
No artigo “Un vira-lata sin complejos. Brasil frente al siglo XXI” Vicente Palermo discorre acerca de um Brasil que se mostra renovado e que se insere neste cenário internacional de maneira nova, não mais apegada ao conhecido “complexo de vira-lata”, mas seguro de si, embora não esconda uma série de problemas que o país ainda tenha que enfrentar. A desigualdade social, o descumprimento das leis, a impunidade e a pobreza são desafios que ainda se impõem ao Brasil e, inexoravelmente, terão de ser resolvidos para que o país alcance a grandeza almejada.
Isidoro Cheresky, no artigo “Las elecciones argentinas en perspectiva comparada”, realiza uma análise, ao mesmo tempo, aprofundada e abrangente de todos os meandros das eleições nacional e provinciais levadas a cabo na Argentina em 2011. Para analisar este processo eleitoral, Cheresky elabora uma retrospectiva histórica do ciclo kirchnerista e analisa, um por um, a situação dos principais partidos no período das eleições.
Em “Retos y desafios de la Venezuela post-Chávez”, Héctor Briceño, professor da Universidad Central de Venezuela, examina a atual situação da Venezuela, não mais liderada por Hugo Chávez, mas sim por seu sucessor, Nicolás Maduro. Continuará a Venezuela a seguir o caminho do chavismo ou será necessário todo um processo de reestruturação política e social?
Dawisson Elvécio Belém Lopes e João Paulo Ferraz Oliveira em, “O mundo árabe pós-2010: entre a primavera e o inverno” apresentam uma análise dos desdobramentos da Primavera Árabe, acontecimento que marcou profundamente o Oriente Médio e os Estados do Magreb Africano nos últimos dois anos. O artigo procura identificar quais foram as reais transformações sociais e constitucionais que se seguiram ao processo de insurreição que teve início em 2010.
Na seção “Opinião”, Felipe Riccio Schiefler discorre acerca da cultura política brasileira, apontando seu forte caráter conciliador. Em uma análise que remete aos séculos XVIII e XIX, Riccio demonstra o processo de formação do pensamento político brasileiro, sempre pendendo para o lado da conciliação e da moderação, ao mesmo tempo em que rechaça o embate e a discórdia. A partir desta constatação, Riccio faz uma breve análise do atual cenário político nacional.
Por fim, na “Resenha” desta edição, Aline Burni apresenta o livro “Comunicação Política e Comportamento Eleitoral na América Latina”, organizado por Helcimara Telles e Alejandro Moreno. No livro, os autores exploram uma gama de teorias para explicar o comportamento eleitoral dos cidadãos na América Latina. A região, cujos regimes democráticos são relativamente recentes, ainda é uma incógnita para os cientistas políticos, dado as particularidades e singularidades culturais que, por sua vez, se refletem no modo como o eleitor escolhe seus governantes. No entanto, ainda que seja peculiar, o comportamento eleitoral dos latino-americanos não é tão particular que não possa ser entendido através das principais correntes teóricas em voga. Neste sentido, como bem argumenta Burni, a obra é importante referência nos estudos sobre comportamento eleitoral e comunicação política, principalme nte por colocar em discussão e em análise temas muito recentes e que se tornam, a cada eleição, mais significativos no desenrolar das campanhas, nas relações entre as elites dirigentes e os cidadãos e na participação política, a exemplo do uso da internet e das redes sociais.