Chamada para Comunicações | Até 30 de junho de 2016
Depois de muitas décadas de ativismo pelas causas das mulheres e contra a discriminação de género, bem como de reflexão teórica e de estudos sobre as mais variadas questões que dizem respeito às mulheres e às chamadas minorias sexuais, os feminismos multiplicaram-se, percorreram caminhos extremamente diversos, adquiriram novos lugares de enunciação, novas formulações, novos conceitos, novos modos de ação plurais e muitas vezes contraditórios. Dos feminismos ditos radicais aos feminismos apelidados de mainstreamou incorporados pelo mercado e pelos media às reações mais ou menos agressivas dos diversos patriarcados, os feminismos certamente transformaram, à escala global, a forma de pensar as sociedades, tendo vindo a ocupar um espaço indelével na produção de conhecimento numa perspetiva amplamente transdisciplinar e no desenvolvimento de modos de intervenção pública e coletiva nos mais diversos domínios. Esta evolução pode e deve ser acentuada por uma autorreflexão e um debate sobre as conquistas e as derrotas, os percursos desenvolvidos e a desenvolver, os obstáculos enfrentados e as possibilidades abertas, o passado, o presente e o futuro de um campo do conhecimento e do ativismo cuja fertilidade é tão expressiva quanto a necessidade social e política dos seus fins. Na sequência de um 1º Colóquio de Pós-graduação em Estudos Feministas, “Estudos Feministas: o Futuro do Passado”, que teve lugar na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra em 2012, o Doutoramento em Estudos Feministas da Faculdade de Letras e do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra convida estudantes de Mestrado e Doutoramento em Estudos sobre as mulheres, de género e feministas (EMGF) a participarem nesta reflexão, apresentando propostas de comunicação ou intervenções artísticas (performances, vídeos, mini-exposições, etc.) que se insiram globalmente nesta temática e/ou nalguma das linhas abaixo enunciadas. As propostas de comunicação, com um máximo de 2000 caracteres (incluindo espaços), e as propostas de intervenção artística, cuja descrição também não pode exceder os 2000 caracteres e deve incluir, consoante os casos, amostras de imagens ou vídeos, devem ser submetidas nesta plataforma, através de formulário, até ao dia 30 de junho, impreterivelmente.
A decisão sobre a aceitação das propostas será comunicada até início de Setembro. As línguas de trabalho do Colóquio serão o português, o inglês e o espanhol.
– teorias e epistemologias feministas – géneros, sexualidades e discursos – géneros, sexualidades e direito(s) – géneros, raças e etnicidades – economias feministas – violências de género: representações e práticas – as artes e a construção dos géneros e das sexualidades – géneros e literatura – género e religiões – géneros e História – géneros, nacionalismos e imperialismo- géneros, migrações e diásporas- géneros e a construção do espaço: arquitetura e territórios